Cordeais felicitações cara amiga pela medalinha literária que tão bem lhe cai sobre a tecla. À escrita harmoniosa e esbelta há sempre alguém que lhe reconhece o mérito prático e exemplar, modelo em que a Sal é deveras eficiente. No ensejo, tenho todo gosto em dedicar-lhe com admiração um soneto a condizer:
---------- LÍNGUA MÃE --------------------
Se sobre quem somos não souberem
Ou alguém duvidar alguma vez
Diz-lhes que sem contar os que morrerem
Somos duzentos milhões em português
Diz-lhes que Dom Pedro e Dona Inês
Se amaram para além da dor do parto
Em sangue de amor que depois fez
O rei da liberdade Pedro-Quarto
Das coisas deste mundo já bem farto
Estro, musa, lira, tudo esbanjei
E em sublime vertigem dei-me a rodos
Se venho aqui agora e de tal trato
Para glória da língua que amo e sei
Diz-lhes que eu e tu somos nós todos !