Em 1980, em Assunção, o presidente João Figueiredo, em ato de extrema magnanimidade, fez a devolução ao presidente Stroessner, da espada de Solano López. Tal Cerimônia foi descrita em memorável artigo de título “A Devolução da Espada de López” (Correio Braziliense, de 13 Abr 80), do Cel Jarbas Passarinho. Diga-se mais que o Brasil perdoou a dívida de guerra daquele País e foi, desde sempre, o garante de sua independência!
Entretanto, a devolução do canhão “El Cristiano” se afigura totalmente despropositada. É um troféu da Guerra do Paraguai, como tantos outros exibidos em museus militares no mundo inteiro. Dever-se-ia, então, pelo princípio da reciprocidade - do direito internacional e da diplomacia-, solicitar ao Paraguai a devolução de nossos navios apresados e de outros troféus?
“Est modus in rebus”, ou seja: “As coisas têm limites!”
Manoel Soriano Neto - Coronel do Exército e Historiador