Pelo correio, Gabriel envia um livro de presente: "O que há por trás dos Bancos Suíços". O autor chama-se T. R. Fehrenbach, e o presente veio com um bilhete: "olha, Ione, este provérbio suíço:
Deus reina no Céu,
E o ouro na Terra.
Por dinheiro,
Até o Diabo dança..."
Nesta edição, de 1966, já na abertura, o autor explica o conteúdo dizendo o que poucos conhecem... e que a grande maioria odeia. Ele define assim:
"Em Nova York, eles são escroques cujo crime mais leve é esconder fortunas nazistas... Em Tel-Aviv, são como vampiros, a usurpar direitos legítimos de pobres órfãos indefesos... Na América do Sul, a imprensa pinta-os como usuários saxões que aceitam dinheiro manchado de sangue sem que se importem com a sua origem... Em Londres, são conspiradores balofos, de olhar gelado e sorriso matreiro, que passam a noite imaginando como arruinar a libra esterlina e, quiçá, o Império Britânico, em Washington, são uma mistura de almofadinhas e `filhos-da-mãe` que trabalham carne e unha com `gangsters` internacionais quando não muito ocupados contando dinheiro comunista”.
Fiquei sem fôlego... e assustada!
Até porque houve reunião na Basiléia e os 26 integrantes do Comitê de Segurança Bancária resolveram que os Bancos Centrais terão que triplicar as reservas de proteção.
Estarão enxergando fumaça?
O Governo brasileiro revelou que o receio tem relação com a desvalorização do real. O Banco Central já aumentou a quantidade de dólares comprados, com dois leilões realizados por dia desde quinta-feira e somente na sexta-feira, de acordo com estimativas da operadora, foram comprados entre US$ 1 bilhão e US$ 1,3 bilhão. Os dados oficiais serão conhecidos na próxima semana. A dívida externa brasileira é de US$ 206,5 bilhões.
Ah, pois então há fogo...
E o Governo brasileiro, Gabriel?
Procura no noticiário internacional – completa o bilhete – o movimento do cassino e fiques atenta...
Por isto resolvi (até porque assunto economia nao é meu forte) colocar em Conexões algumas informações importantes que Gabriel recomenda. E eu me pergunto:
Este assunto foi alguma vez analisado pelos candidatos à Presidência da República? E por que eles teimam em olhar para trás e para o chão ao invés de olharem o horizonte, o futuro?
Fidel Castro resolveu olhar para o futuro...
O ditador, símbolo do atual Governo brasileiro e de outros com a mesma índole, revisou seus pontos de vista e seu irmão resolveu fazer demissões em massa porque a máquina estatal está inchada.
Mas este Vento não chegou aqui e o Presidente Lula incha a máquina, contratando cada vez mais.
E o que vai acontecer?
Quem sabe?
O Brasil virou um grande cassino, onde se rouba, se mente e onde a ilegalidade se perpetua.
Na volta do correio, agradecendo o presente, a minha pergunta: até quando?
