Um velho personagem de Chico Anysio, o Quem-Quem, dizia – “Prefiro morrer teso que perder a linha”. Este é um conselho dos mais sábios e que todos deveriam seguir, principalmente, os políticos. Para não contrariar o conteúdo da entrevista concedida aos jornais pelo min. Ayres Brito ao despontar sua posse no STF, quando enfatizou sua seriedade, não há outra atitude a tomar, se sua permanência no cargo se torna insustentável. Não convence a justificativa de que seu genro teria sido ludibriado pois ninguém vai visitar um político ficha-suja acreditando em duendes e fadas madrinhas, ainda mais ouvindo uma proposta indecorosa e estipulando seu preço. O genro do ministro pôs em dúvida a lisura necessária exigida pelo cargo que ocupa - homens de bem agem com moral, ética e pudor, portanto, não deveria impor uma apuração que, de antemão, sabe-se que em nada resultará. Sua situação financeira não se alteraria mas sua honra ficaria incólume sem “perder a linha”.