O estado de óbito da segurança é consequência de dois fatos essenciais:
1. O erro dos milicos, na década de 70, de colocarem os terroristas junto com os traficantes, ma ilha Grande, com os quais eles aprenderam a se organizar e usar táticas de guerrilhas. Vem dai o CV, o 3º Comando e a facção dos amigos dos amigos, que hoje dominam o crime organizado.
2. A proibição, estabelecida pelo Brizola, de a polícia subir nos morros, considerando que o traficante é cidadão, que merece respeito. O que permitiu que os traficantes dominassem as favelas e se tornassem ídolos da garotada, que vêm neles a única autoridade presente.
Segundo a minha empregada, que mora em favela, a única forma de acabar com o domínio do tráfico é dar força às milícias, que são oriundas da própria favela e conhecem os marginais e sabe quem deve eliminar. Mas isto acabou com o pagamento das propinas que a polícia recebia dos traficantes, o que tornou a milícia uma pedra na chuteira dos poderes públicos, e passou a persegui-los. Diz ela que contribuía mensalmente com R$50,00 mais tinha a segurança assegurada, até que que os milicianos passaram a ser perseguidos.
O governo poderá entrar com tanques nas favelas e ocupá-las, pela força das armas, levando as centenas de criminosos a se retirarem para locais de mais difícil acesso, onde se reorganizam. O que não acabará com os traficantes, que se eclipsam no meio da comunidade, pois não têm marcas de identificação na testa, ficando a salvo para agir com tática de guerrilha, exatamente como ocorre no Iraque e no Afeganistão, onde os americanos ocuparam o território mas nunca conseguiram eliminar os focos de guerrilha.
Qualquer tentativa de eliminar a miséria tem que passar pelo controle de natalidade e educação, como ocorreu em Singapura, que de ilha de piratas, se transformou numa potência econômica ordeira e com baixíssima taxa de natalidade.