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 | Cartas-->CINZAS -- 09/03/2011 - 23:14 (Dry@de)  | 
	
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Cinzas...
 
 
 
Porque tudo, um dia termina. 
 
 
 
Termina em seu jeito antigo de ser.
 
 
 
E se transforma... e se transmuta. 
 
 
 
Em um primeiro momento - aquele preciso momento da transição - tudo desmorona, pulveriza, se reduz: vira cinzas.
 
 
 
Tudo já não é. 
 
 
 
Tudo ainda não é. 
 
 
 
Cinzas cinza.
 
 
 
Assim como a quarta-feira após o Carnaval: as cores esmaecem, os corpos se recobrem e se recolhem.
 
 
 
Tudo o que era expansão, vira retração: os sentimentos, as emoções, as alegrias, os prazeres, os êxtases.
 
 
 
Tudo o que era aturdimento, vira reflexão.
 
 
 
Tudo o que finda há de recomeçar!
 
 
 
Mas antes, um hiato, um respiro em um momento atemporal, para que profundamente se finalize o que terminado está.
 
 
 
Que permaneça apenas a essência das cinzas, e o seu potencial do ressurgir transmutado.
 
 
 
A Fênix sempre é outra após cada renascimento.
 
 
 
Sempre mais sábia.
 
 
 
Sempre mais bela.
 
 
 
É como a própria Natureza, que se fecha em inverno, preparando a primavera. 
 
 
 
É o pulsar do próprio Universo nesse movimento que amplia seus limites. 
 
 
 
Assim é a Lei: tudo o que está a serviço da Vida, pulsa!
 
 
 
E nesse pulsar se expande.
 
 
 
No Amanhã, Fênix ressurgirá mais forte do que nunca.
 
 
 
No Amanhã, a Primavera novamente explodirá em cores, perfumes e sons, e a Luz brilhará. 
 
 
 
Mas Hoje é dia de silenciar.
 
 
 
É dia de perceber o que deve ser reverenciado e findado, e o que deve permanecer.
 
 
 
É dia de acalentar a semente do que surgirá e vislumbrar o tênue cintilar de uma nova centelha.
 
 
 
Pois Hoje... é dia de Cinzas!
 
 
 
 
 
 
 
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