A re-eleição do Presidente dos USA é, possivelmente, assegurada pelo sucesso da operação contra Osama Bin Laden. Mas não deixa de ser interessante considerar que o terrorista-mor estava, evidentemente, protegido por grande número de autoridades do suposto país aliado dos USA, o Paquistão. A arma do ataque suicida, inventada pelos Haxixim (Assassinos), no século XII de nossa era, no que se chamava então o Império de Bagdad, Iraque atual, é extremamente perigosa. O assassino ou atacante que sacrifica sua própria vida era a forma usual de comportamento no início da história do Islam, marcada pela luta sucessória entre os herdeiros do Profeta. Tanto Ali quanto Husein foram mortos em combate, dando origem ao movimento dito Xiita, diverso da versão mais ortodoxa classificada como Sunita.
Os japonesas haviam posto em prática o método Kamikasê em 1944, quando se deram conta que iriam obviamente perder a guerra contra os USA. No caso, os aviões se atiravam contra os navios da US Navy, os quais dificilmente se podiam proteger contra essa ameaça. Disso surgiu a hipótese de que todo o Japão se poderia tornar um país suicida, exigindo a morte de um número considerável de soldados na invasão do arquipélado. Para contornar o cálculo, foi necessário usar as duas bombas atômicas que impressionaram a tal ponto os conselheiros do Imperador Hirohito que os obrigou a um golpe de estado contra o Primeiro Ministro Tojô e seus seguidores. A manutenção da estrutura monárquica nipônica implicou uma violação da exigência de rendição incondicional que os Aliados inicialmente anunciaram.
Na situação atual, a luta contra o terrorismo de índole religiosa islâmica cria uma situação parecida e extremamente dificil para o governo de Washington.