Prezado Editor da revista Veja,

Em sua edição de 18/01/2012, a revista Veja fez uma reportagem, com chamada de capa (fotomontagem de 'EIKE XIAOPING' - http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx), sobre os novos milionários/bilionários brasileiros, com destaque e entrevista do bilionário-mor do momento, Eike Fuhrken Batista.

Em 2007, Eike apareceu na lista da Forbes em 142. lugar, com patrimônio de 6,6 bilhões de dólares. Na reportagem de Veja de 18 de janeiro, ele havia se tornado o 8. homem mais rico do mundo, com patrimônio de mais de 30 bilhões de dólares (cerca de 50 bilhões de reais). As empresas de Eike terminam em 'X' e são: OGX (óleo e gás), MPX (energia), LLX (logística), MMX (mineração) e OSX (indústria naval offshore).

Além de bancar Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna, na F-1 e 'descobrir' óleo no pré-sal, estimado em 2 bilhões de barris, Eike pretende plantar 'cafex' em Araxá, MG.

Nada, nada mesmo, foi levantado por Veja a respeito da história de enriquecimento de Eike Batista, se é verídica ou não a denúncia que corre já há tempos na Internet (de que José Dirceu teria ajudado Eike a entrar no negócio do Pré-Sal - Cfr. http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=63422&cat=Artigos&vinda=S) e que a revista Veja teria por obrigação tomar conhecimento, para confirmar ou desmentir. Acresça-se o fato de que Eike Batista é filho de Eliezer Batista, o qual foi, por 2 vezes, presidente da Vale e que, por isso, já devia saber alguma coisa sobre jazidas brasileiras que o pai também sabia. Ou não? Só falta a Editora Abril se tornar também uma propriedade de Eike. Que tal EIKEDITORA ABRIX?

F. Maier

Brasília - DF

Obs.: Carta enviada à revista Veja, em 30/01/2012 (F. Maier).