Aeroportos 'brasileiros'
Minhas dúvidas e perplexidades só têm aumentado com relação à política governamental com relação aos aeroportos nacionais. Incialmente foi a desmilitarização do controle de voo, sem levar em conta que nossos aeroportos têm dupla utilização, civil e militar.
Agora, a privatização (parcial) e desnacionalização dos aeroportos mais importantes, ficando a estatal Infraero administrando os menos rentáveis e até os deficitários. Ou seja, aliena-se o filé mignon e mantêm-se os cortes de segunda. Nos aeroportos privatizados, a Infraero será acionista minoritária, mas, seguramente, continuará 'carregando o piano'.
Os argumentos não têm a mínima consistência: 1. Copa do Mundo, Olimpíadas: em Viracopos não haverá competições esportivas! 2. Necessidade de aporte de recursos privados: o País tem recursos para construir 12 (doze) estádios para a Copa, mas não tem para ampliar 3 (três) aeroportos? E o BNDES não vai financiar os novos concessionários? 4. Necessidade de experiência internacional: temos condições de fabricar e exportar aviões, mas não sabemos fazer obras de construção civil?
Tudo isso sob um governo dos trabalhadores brasileiros.
Roldão Simas Filho
Brasília, 5 de fevereiro de 2012
Químico aposentado
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