Eu era professor da PUC-RJ, na ocasião em que Figueiredo era presidente e quando foi proposta a Lei de Anistia, que lá teve ampla acolhida. Permitam-me notar, contudo, que o movimento era liderado pelas esquerdas, visando relevar os crimes cometidos pelos terroristas cassados, e não pelos militares, com o objetivo de promover uma ampla reconciliação e o retorno daqueles que haviam se refugiado no exterior por razões políticas.
Surpreende-me, portanto, a tentativa de agora se apurar apenas as torturas praticadas pelos militares da linha dura, sem considerar aqueles crimes que foram cometidos pela esquerda radical, que abrangiam sequestros, assaltos, assassinatos,etc. Para que houvesse coerência, deveriam apurar as responsabilidades pelos crimes cometidos por ambos os lados, e não de forma unilateral.
Pedro Paulo Rocha - Eng./MSc/Econ/Prof aposentado