CARTA A ANSELMO GÓIS
Maria Joseita S. Brilhante Ustra
Sr Anselmo Góis, Calma, gente, digo eu, simples velhinha de 75 anos, inicialmente, professora primária, que por dever de serviço de meu marido e circunstãncias da vida, me vi envolvida, juntamente com minha família, no meio de algumas situações que me levaram a sublimar, em um simples site, uma frustação do que não pude realizar - fazer faculdade de jornalismo para exercer a profissão.
Aposentada como técnica legislativa, há mais de 20 anos, passei a dedicar-me a pesquisas sobre luta armada e , com o lançamento do livro do meu marido, criei um site , inicialmente, para difundir o mesmo, que a maioria da grande mídia boicotou.
Depois, veio, pouco a pouco, a vontade de colocar no sítio, pesquisas feitas e que alguns que acessam o meu site poderiam não conhecer. Com isso, os acessos aumentaram - hoje beiram 8 milhões de acessos.
Eu, leiga em computação, pouco a pouco, fui dominando a máquina, e hoje, encontro o que quero no meio virtual, que depois de confirmado com novas pesquisas em livros, publico depois de ter certeza de que a notícia é verdadeira. Esta é minha maneira de trabalhar. Não publico nada que não tenha investigado.
O seu comentário, Sr Ancelmo Góis, que, como filiado ao PCB, fez curso na antiga União Soviética, e continua simpatizante da causa, só me envaidece. Imagine dizer que, o que publicamos no site, é 'fruto de trabalho de jornalismo investigativo ou então de arapongagem'...
Estou com a alma em festa e o coração a gargalhar. Mas creio que o senhor, renomado colunista social, deveria fazer um trabalho mais investigativo, sobre o responsável pelo site, pois como não investigou, ao mesmo tempo que elogia o trabalho jornalistico, retira da autora os créditos de seu trabalho.
Militares colaboram com artigos, é verdade, mas, nenhum militar pode ser responsabilizado pelas matérias postadas, a não ser que sejam assinadas. Entre as 7763 matérias , divididas em várias sessões, publicadas até hoje, temos mais matérias de civis do que de militares.
Calma gente, respeitem o trabalho de uma velhinha, de bengala, com dificuldades de locomoção, que passa os dias sublimando seu sonho de ter sido jornalista, enquanto conta para a juventude a sua vivência em fatos que viu e viveu da história do Brasil recente.
Sr Anselmo Gois, complete seu trabalho, fazendo essa velhinha mais feliz, investigue e dê o crédito de seus elogios a quem de direito. Desse prazer de ver-me reconhecida como responsável pelo site, eu não abro mão. Faça uma correção de seu texto: responsável, ou editora ou o que quiser. |