Alemães no Brasil
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=12033&cat=Ensaios&vinda=S
Abaixo, e-mail recebido do embaixador José Osvaldo de Meira Penna no dia 23/7/2012, comentando textos do Coronel Claudio Moreira Bento e de Gerhard E. Boehme:
Caro amigo Felix,
Se muitos descendentes de alemães só falavam alemão, em Blumenau e Joinville, é porque o Estado brasileiro não lhes havia proporcionado escolas para aprender o português. Tivemos uma vez, em Petrópolis, um jardineiro que, embora de puro sangue tedesco como pude constatar, era analfabeto, assim como suscetível a todas as superstições caboclas. Entretanto, o que ocorreu principalmente foi o conflito entre o jus sanguinis, o princípio que o Nazismo e seu representante no Brasil, o embaixador Karl Ritter (que não era nazista) defendiam, e o jus soli, o princípio da nacionalidade brasileira ao qual Getúlio Vargas e seu Chanceler Oswaldo Aranhas se mostraram leais. Já mencionei que, durante o regime militar de 1964/82, tivemos um Presidente, o General Geisel, que, além de ser evangélico luterano, era descendente de alemães pelos quatro costados. O notório Chefe de Polícia de Getúlio também era alemão nesses termos. Tivemos quatro cardeais alemães, Arns, Lorscheiter, Lorscheider e Scherer, além de um pseudo-teólogo de Petrópolis, que virou guru indiano.
Por falar em Karl Ritter: apaixonou-se por uma Senhora brasileira, viúva, irmã de um embaixador brasileiro que por duas vezes foi meu chefe na carreira, e depois da guerra foi condenado à prisão durante alguns anos, por um tribunal de denazificação, cumpriu a pena e, quando solto, com essa Senhora se casou e veio morar no Brasil onde faleceu. Que houve muitos casos de arbitrariedades ridículas é verdade. Exemplos é o de um filho de africanos que foi preso pela polícia gaúcha por se chamar Adolfo. Quando o Brasil rompeu relações com a Alemanha houve tumultos na Avenida Rio Branco onde a multidão de cafajestes, provavelmente insuflados por agentes do próprio governo, se dedicou a empastelar empresas que eram ou fingiam ser germânicas. O que não houve foi campos de concentração, apenas casas de detenção normais.
Um abraço, Meira Penna
Obs.: O 'guru indiano' é Leonardo Boff, catarinense de Concórdia, ex-frei franciscano, que imitou Martinho Lutero, casando-se com uma ex-freira (F. Maier).
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