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Irmão Júlio Severo, em Cristo.
Irmão, te escrevo novamente apenas para expor algo que, só de pensar, já me causa calafrio.
Como o senhor sabe sou advogado e, em que pese não ser especialista em direito administrativo, Já fui secretario legislativo por quatro anos e assessor jurídico por um ano, sendo que todos esses cargos eu exerci perante Câmaras Municipais, ou seja, sempre no Poder Legislativo Municipal.
Pela primeira vez fui convidado a assumir um cargo de Controlador Geral do Município. Confesso que nesta nova função fiquei apavorado com o que estou presenciando.
Irmão, os programas voltados para a área de saúde, educação e assistência social, ou seja, aqueles que trabalham diretamente com a população, principalmente as camadas mais pobres, são quase que exclusivamente criados e mantidos pelo Governo Federal. Programas como CRAS, CREAS, PETI, PROJOVEM, CAPES, Saúde da Família e etc, todos são mantidos pelo governo federal que envia ao município quantias através de repasses mensais enquanto o município apenas apresenta uma pequena contraparte na mantença do programa.
Ocorre que, em que pese o município custear parte desses programas, todas as atribuições, forma de trabalho, metas a serem atingidas e etc. são determinadas pelo governo federal, restando ao Município apenas a obrigação de cumprir rigosamente esses programas, não podendo interferir em seu andamento ou direcionar os programas naquelas áreas em que sabidamente o município é mais carente. E mais, não bastasse isso, todos esses programas são interligados diretamente com o ministério a que o programa estiver subordinado, ou seja, os ministros (leia-se Estado) tem o total e pleno conhecimento do que ocorre no Município, antes mesmo do secretário municipal e do prefeito da cidade. Stalin, se destacou negativamente como ditador justamente porque ele estava a seis pessoas er cidadão da Rússia. Aqui, o governo federal tem conseguido praticamente isso, já que esses programas são nacionais e obrigatório (a maioria criado por lei).
Não sei se eu estou conseguindo apresentar o problema de forma legível, é que nestes programas o Município atua mais como um mero funcionário do Estado, cuja atribuição é seguir à risca as determinações da União, sem qualquer interferência. Ou seja, o município e, por conseguinte, a comunidade está relegada às ordens da União.
Se esta forma de atuação se generalizar - como parece ser o caso - a centralização do poder à União já esta sacramentada, a perda do PT e seu aliados nos municípios e estados não possuirá o condão de provocar qualquer dano na implementação da ideologia do PT.
Irmão, é não é só isso, diante das determinações constitucionais de gastar determinados percentuais do orçamento com saúde, educação e etc. O prefeito, obrigado a contribuir com esses programas, fica praticamente à merce do Estado, ou seja, fatalmente o prefeito e a comunidade ficará como uma marionete, somente repassando seu orçamento para os programas que a União determina.
Com isso, mesmo que a comunidade vote em prefeito e os vereadores compromissados com o cristianismo ou até mesmo que forem contrários a comunização do Brasil, isso não mudará nada, ou seja, ESTAMOS TESTEMUNHANDO A TOTAL E PLENA DERROTA NO CAMPO DA POLÍTICA, É DIZER, NUNCA MAIS CONSEGUIREMOS DERROTAR POLITICAMENTE A SUPREMACIA DA NOVA ORDEM MUNDIAL!!!
Desculpe pelo e-mail que de fato está um pouco confuso, é que eu estou nesta função não faz nem um mês, trabalharei mais neste assunto e qualquer abordagem que o senhor ou seus contatos tiverem, favor me encaminhar.
Abraços de seu irmão em Cristo Jesus