CHORANDO RIOS PERDIDOS...
Ana Zélia
Quantas perdas passadas, presentes, futuras...
Rios de lágrimas, de larvas, cinzas, rios secos, mortos,
rios de águas profundas, fétidas como corpos apodrecidos, ensacados, esquartejados...
Rios que cruzamos ou que passam com as enxurradas nas estradas, bielas, “picadas”...
Tantos rios cruzamos, outros lhes damos vidas, fazemos renascê-los ou os tornamos perigosos demais
se igualando às víboras, serpentes venenosas, najas traidoras...
Parimos rios que não servem pra nada.
Rios que não molham plantas, terras tórridas, almas perdidas, rios secos...
Pobre humanidade que se forma sem caráter.
A ambição material os tornam capazes de matar, destruir laços sagrados de família, pai, mãe, irmãos...
MATAM POR “NADA”...
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Manaus, 23 de junho de 2012.
Nota da autora- A minha revolta é tão grande que não sei, nem posso, nem devo escrever a nota.
É uma dor profunda demais. Ana Zélia
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