Lúcio,
sobre O senhor dos anéis, o filme é bom, mas é imperativo ler o livro, para não só melhor entender o filme, mas para sua melhor apreciação.
Li o livro alguns dias antes da estréia do filme, e achei uma boa adaptação.
O que me irritou, foi o fato de inúmeros críticos, que nem ao menos se deram ao trabalho de ler o livro, pra modí entendê milhó o filmi, malharam até a sarjeta, um filme que nem fede nem cheira, e muito pelo contrário.
Há de se tirar o chapéu pr’esse tar de Peter Jakysou... Ele teve uma das tarefas mais ingratas dos últimos tempos, e quem sabe bem prazeirosa também.
Li a crítica de Celso Sabadin da CBN, no site onde publica todas as sextas http://www.cineclick.com.br e indignei-me com o fato de estar descendo a lenha no coitado do Jakysou, que fiquei aflito...
Bati na faca, risquei o chão, e gritei pro poleiro: EU MATÓ O CABRA QUE DISSI QUE SOU TOREIRO!!!!!
Fiquei pau da vida com esse indivíduo criticando sem ao menos ter lido o livro...
Pra criticar uma adaptação, é imprescindível que tenhas lido o livro que originou o filme. Qualquer outra crítica, de alguém que não tenha lido o livro, pra mim é um incompetente, por que debe ter de alcançar o padrão de um Paulo Francis em dizer que não leu e não gostou... Se bem que ele falava do Paulo Coelho, mas tudo bem...
Assim como acho indispensável, ter lido Coração das Trevas, para criticar ApgaãoLýpsê Não Dedux!
O que não é o caso do Denison, que comentou a incersão de novas cenas, e seu porquê? Ele mesmo já sugeriu que a intenção foi vender o mesmo produto numa nova embalagem, e ponto final.
Eu concordo.
Criticar já é pejorativo de negativa, melhor dizer comentário, notas avulsas, ou soltas...
Acho que a crítica de esculhambação, apesar de muito prazeirosa, muito irresponsável. Aquela crítica tipo briga sentimental, onde o casal põe tudo pra fora, lava a roupa suja e ainda deixa a secar no varal.
Quanto ao livro de Joseph Conrad, já li...
Jorge Luís Borges disse uma vez: “O coração das trevas é o mais intenso de todos os relatos que a imaginação humana jamais concebeu”.
Ele tem razão...
Coppola também fez uma ótima adaptação livre, mas imaginou o mesmo universo caótico de muitos anos atrás...
Se essa loucura do Koronel Kurtz acontecesse hoje em dia, ou vinte anos atrás, talvez ainda fosse num universo terceiro mundista, ao contrário do que pensava Glauber. Teria dentro deste universo selvagem, inseridos elementos tecnológicos, como antenas parabólicas, aparelhos celulares, GPS, satélite de radar...
No livro, o personagem de Dennis Hopper, não passa de um garoto que virou seguidor de Kurtz, e revela que quando Kurtz chegou na aldeia, chegou trazendo o raio e o trovão. Algo como trazer o inimaginável, o impensável, ou a garrafa de coca-cola de Os deuses devem estar loucos.