A túnica de Nesso
Pedi ao *Nume para vestir
A túnica do sacrifício
Sem dela puder desistir
Quer por renúncia ou vício
Ele deu-me a túnica de **Nesso
Relutei contra o oráculo
Vesti a túnica pelo avesso
Livrei-me de ir pro buraco
O talismã do oráculo
Para minha vestimenta
Foi na verdade o pináculo
De natureza sangrenta
É que o sangue envenenado
Que dita túnica continha
Teria sim, arruinado
Minha pobre figurinha
Dejanira o deu de presente
Sem intenção de maldade
Ela, do mal está ausente
Inocente de verdade !
*divindade
** paixão que punge a alma
Porangaba, 22/05/2013
Armando A. C. Garcia
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