Não pude retornar imediatamente. Aconteceu um imprevisto; Fiquei feliz que tenha arrumado o e-mail, assim as mensagem não voltam mais. Naquele dia faltava pouca coisa pra te dizer, eu acho... Talvez um adeus simbólico ou um ‘’ valeu querida‘’ o importante foi te vê, mesmo que empiricamente. O tempo esse senhor ingrato, feitor do meu destino, de mãos dadas com a dona distância, senhora do tempo: - Que com seu trator fatídico cavou uma vala enorme entre o poeta e a musa. Imagine você, a minha angústia de não poder te proteger, de não poder enxugar suas lágrimas com meu imaculado lenço confortador, ou te oferecer meu ombro como seu consolador. Mas, quero que saiba que ainda te quero muito, te sinto muito, te sou muito teu. Por ser dona dos meus melhores pensamentos, de longe tua importância aumenta, só me questiono porque ainda não morri de saudade... Respondo-me, eu mesmo, com palavras internas e silenciosas; - porque quero te vê e passear de mãos dados e descalço, contigo na praia. Ainda quero ser o raio de sol que vai aquecer tua pele, a gotinha gelada que vai te arrepiar o pêlo, quero ouvir ainda teu suspiro sensual, tua palavra rouca me chamando de querido. Às vezes te vejo na minha poesia e te sinto tão presente, que meus destinos se invertem e te encontram. Quando te fragmento em muitas, me sinto o Franksteim do amor. Tudo que já senti, tudo que já passei, ainda que fosse castigo, pecaria de novo por você.
Daniel Fiúza o poeta – Sempre pensando em você.
21/02/2002