Por mais que eu tente não consigo ficar sem pensar, questionar e interpretar as coisas da vida. E tais sensações ás vezes precisam ser levadas a instância da escrita, sempre na esperança de buscar um eco, ás vezes até mesmo da minha própria voz para então extrair algo útil das minhas decodificações.
Como reprimir a explicação dos porquês sim e não, a qual nos impomos? E porque não se dedicar um pouco a elucidação do enigma que é a vida, pois disfarçados de sólidos perdemos a noção que somos além de físicos também espirituais. E percebo nas pessoas, e muitas vezes em mim, este abismo, esse vazio, porque materialmente a existência é muito pobre, pequena e débil.Sempre vamos nos sentir incompletos se levarmos a vida apenas nessa dimensão material.
Sou muito tenso e angustiado a maior parte do tempo, porque estas minhas hiper-reflexões me fizeram descobrir defeitos e qualidades que me formaram, como acidentes que me foram configurando num homem complicado de ser compreendido até por si mesmo.
Mas enfim, para minha consolação cheguei à conclusão que quem realmente entende a vida não é quem pensa, mas quem sente.