Quem me dera eu fosse o tempo todo poeta, mas sou um ser comum, como são todas essas pessoas no mundo, talvez um pouco sensível sim, porque o meu coração a maior parte do tempo está acima da minha cabeça. Mas existem momentos que a poesia pede um espaço e chega com tudo, nem sempre em versos que se traduzem, e eu não tenho como não dizer:
Você caminha sempre na ponta dos pés, como se fosse bailarina, e essa bailarina trocou tudo, tudo, tudo que tinha para tentar amar alguém cheio de defeitos, cheio de vírgulas, poréns, alguém que nunca terminava o que começava, alguém que não gostava de pontos finais, alguém que sempre sonhou mais do realizou. Alguém que tem uma identidade secreta.
E você é essa mulher que não usa sapatilhas nos pés, mas que é uma graciosa dançarina, porque dança com a vida, que é especial porque sabe fazer as pessoas se sentirem especiais... sim voce dança na ponta dos pés, como as chamas de uma fogueira no topo do morro mais alto que um dia vamos escalar, como o vento que move as folhas, como as ondas do mar que passeiam sobre a superfície do oceano e que eu posso ouvi-las onde quer que eu esteja...ela dança, ela é louca, e eu nunca estive em meu juízo perfeito...mas ela não é o tempo todo bailarina e nem eu o tempo todo poeta, e mesmo assim, somos felizes em nossos papéis reais e imaginários. Porque de todas as mulheres que eu amei você é que dança melhor e a única que sempre lutou a meu lado...