A minha identidade não precisa de definições que não sejam as minhas, me dizem “semideus” ou me chamam de “sabichão”, amigos e parentes, parecem feridos, mas porquê? Será que minhas palavras incomodam tanto? A lâmina não é minha. É de vocês, e só para vocês saberem, o mundo que está girando em falso não é o meu.
Aos que ficam só na espreita, vasculhando, procurando motivos, achando defeitos para evitar a mirada no espelho de sua própria imagem. Aos que caçam para que a descoberta da virtude lhes autorizarem a cobiça oculta, em segredo perseguem, protegidos pelo suposto anonimato. Mas a caça sempre sabe quem lhes persegue, conhece quem a quer devorar, reconhece quem quer comer sua carne e através desse banquete adquirir seus poderes, seus segredos e seus enigmas.
Mas mesmo que me capturem, seus dentes não podem mastigar minha alma.