Usina de Letras
Usina de Letras
334 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62742 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22561)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51128)
Humor (20112)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141061)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6293)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->QUEM ME ESCUTA? -- 23/06/2015 - 20:07 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

QUEM ME ESCUTA?

Ana Zélia.

Amanhece. Dia chuvoso. Frio. Negro...
Em segundo o mundo se transforma, perco a rota,
Me curvo ao mundo, já não sou mais nada.
Insignificante, penso no que me foi dito, palavras frias, como se eu sempre tivesse culpa de tudo.
Males do mundo me sinto perdida, a velha comandante, a velha marinheira está morrendo.
Chama assustada por sua Madrinha, a Bela Oxum, parece que encantada não a ouve.
Chama Dona Mariana, a Bela Turca que aqui chegou, pede ajuda força na caminhada.

O lenho está pesado demais, não encontramos madeiras leves, ocas, o coração acelera, as lágrimas descem,

vem, aquela vontade de partir pra sempre, sem adeus, sem lamentos, sem, choro, sem lágrimas,

soltem fogos, quem sabe seja melhor pra tantos.

Virei entrave, atrapalho talvez escape meu soldo ou saldo, sei lá.
A Velha advogada, raposa curiosa, onça afoita, ficou velha, a onça velha nem esturra, só chora.
Alguém já viu lágrimas de onça? Tentem, uma vez só, quem sabe ela grite, mas ninguém escuta.

A Onça Velha agoniza, dá seus últimos suspiros, tomba, talvez lhe reste o couro para enfeitar paredes

ou pisá-la eternamente nas entradas das casas.

Quem me escuta?

O vento passou distante, os amigos morreram todos, só a Mia ainda lhe pede cabecinha cheia de dengo,

pobre gatinha, nem percebe que breve não existirá nem lembranças.
Manaus, 23 de junho de 2015. Dia negro em minha vida. Ana Zélia
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Nota da autora- Sempre escrevi nas horas negras da vida, estou perdida e não posso falar,
escrevo e quem souber ler minha alma entenderá. Estou morta. Ana Zélia

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui