Usina de Letras
Usina de Letras
46 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62817 )
Cartas ( 21343)
Contos (13289)
Cordel (10347)
Crônicas (22568)
Discursos (3245)
Ensaios - (10539)
Erótico (13585)
Frases (51210)
Humor (20118)
Infantil (5544)
Infanto Juvenil (4873)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1380)
Poesias (141097)
Redação (3341)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6300)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Saudades da minha terra* -- 13/10/2015 - 15:25 (Benedito Pereira da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Saudades da minha terra*





Composição de: Estêvão Protomartir de Brito Guerra, maestro de banda, compositor e músico nascido em Campo Grande no Rio Grande do Norte.





Obrigado, Clarice, por lembrar-se dos primeiros anos de Brasília, quando ouvíamos canções desse tipo.





De que me adianta viver na cidade

Se a felicidade não me acompanhar.

Adeus, paulistinha do meu coração,

Lá pro meu sertão, eu quero voltar.

Ver a madrugada, quando a passarada

Fazendo alvorada, começa a cantar,

Com satisfação, arreio o burrão,

Cortando estradão, saio a galopar.

E vou escutando o gado berrando,

Sabiá cantando no jequitibá.





Por Nossa Senhora,

Meu sertão querido,

Vivo arrependido por ter te deixado.

Nesta nova vida, aqui na cidade,

De tanta saudade, tenho chorado.

Aqui tem alguém, diz

Que me quer bem,

Mas não me convém,

Tenho pensado.

Fico com pena, mas essa morena

Não sabe o sistema em que fui criado.

Estou aqui cantando, de longe escutando

Alguém que está chorando,

Com rádio ligado.





Que saudade imensa do

Campo e do mato!

Do manso regato que

Corta as campinas!

Aos domingos ia passear de canoa

Nas lindas lagoas de águas cristalinas.

Que doce lembrança

Daquelas festanças,

Onde havia danças e lindas meninas!

Vivo hoje em dia sem alegria,

O mundo judia, mas também ensina.

Estou contrariado, mas não derrotado,

Sou bem guiado pelas mãos divinas.





Pra minha mãezinha, já telegrafei

E já me cansei de tanto sofrer.

Nesta madrugada, estarei de partida

Pra terra querida que me viu nascer.

Já ouço sonhando o galo cantando,

O nhambu piando no escurecer.

A lua prateada clareando as estradas,

A relva molhada desde o anoitecer.

Preciso ir pra ver tudo ali,

Foi lá que nasci, lá quero morrer.





* Brasília, DF, 13/10/2015. Recebida, nesta data, por e-mail, de amiga dos idos de 1958, no Núcleo Bandeirante, quando o nosso único sistema de som era "A Voz de Brasília", no meio da Avenida Central.





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui