Reciclando o que sobrou de mim... tudo está meio confuso... as peças não se encaixam como antes, há uma certa dilatação... não sei se pela enchente que me afogou... ou se estou pouca coisa do que fui, e um tanto mais do que ainda não sei...
Me reviro de saudade de você... contorce meu corpo, me beija o rosto... esse ácido voltou a me corroer... me multipliquei em diversas de você... e agora quem diz que consigo te esquecer?
Minto cada vez que digo que entendi, não era cedo demais?
Minto quando me perguntas se estou bem, e falo baixinho “estou sim”.
Minto para não ter que explicar... que essa loucura não passa... não cala... me queima... eu quero gritar!!
Reciclando... acalmando... já sei... um dia vai passar... e logo paro de sangrar... estou tentando ser forte... ou será que finjo pra me enganar...
Não... é verdade, eu quero que passe... quero minha independência emocional... quero meu eu... mesmo não tendo a menor ideia de onde ele possa estar...
Reciclando... respirando... acalmando... estou parando de chorar...