Encaminho modesta lembrança do meu inesquecível professor Jobim. Graças a Deus, tive o privilégio de depois entregar pessoalmente os escritos. Foi uma tarde muito linda, conversamos (e lógico, eu ouvia mais para aprender mais!) e a sua esposa estava presente.
Com estima e abraços
Benedito
Romeu Jobim (desembargador)*
Caríssimo professor Jobim: forneceu-me o endereço eletrônico a Rosângela, secretária da ANE.
Primeiramente, passados alguns anos, tenho o dever de apresentar-me. Sou o Benedito Pereira da Costa, seu aluno na CASEB, na década de 1960. Guardo muitas recordações das suas aulas, que eram maravilhosas e esperadas (se pudesse, eu as teria todos os dias da semana).
O senhor concedeu-me a honra de prefaciar o meu livro de sonetos Magia.
Em casa, à noite, ontem, vi na página 10 do Jornal da ANE o terno poema Estelinha. Tocou-me tanto (e espero que sensibilize a todos) , que o inseri no site Usina de Letras, em Poesias. Ficou assim (se desejar alguma alteração, mande-a, por favor):
Estelinha*
Romeu Jobim*
Estelinha era a dona
de olhos verde-azulados,
da cor das matas e do céu...
Menino de sua idade,
mas já metido a poeta,
assim falava e, também,
que, quando crescessem,
e se casassem, teriam
um monte de estrelinhas,
da cor dos olhos dela.
O menino partiu, nunca
mais vendo Estelinha.
Homem feito, noutras terras,
teve muitas namoradas,
- nenhuma das quais, no entanto,
com os olhos verde-azulados,
da cor das matas e do céu...
* Romeu Barbosa Jobim, pioneiro de Brasília, desembargador, poeta, escritor, meu professor de português há mais de 50 anos (Jornal da ANE, agosto/setembro-2014, p. 10).
Vou ficando por aqui e registro mais uma vez o meu encantamento por tão lindo e sentimental poema. Parabéns, professor!