Corrupção*
Obrigado, Sr. Joaquim Brasil. Com tantos afazeres, só agora tive
tempo de responder à sua preocupante e bem-vinda carta.
Também eu não me sinto confortável neste estado de dilapidação
do país; principalmente, por quem deveria desenvolver mecanismos
para fortalecê-lo, ampliar o PIB e se impor às nações poderosas.
Assim, penso:
No mundo há muito mais pessoas boas do que ruins. As corretas
não conseguem se unir e colaborar verdadeiramente. As más, de
índole voltada para a iniquidade, se agregam e têm seu pacto de
fidelidade. Exemplo: os corruptos, que cada vez mais robustecem
seu império.
Mesmo em número menor, montam esquemas sofisticadíssimos
que desafiam órgãos especializados. Roubam e destroem o que os
bons erigem com esforço e idealismo de vida íntegra, simples,
ordeira.
Perniciosos, os desalmados só pensam no material, na riqueza, na
cobiça. Suas ações nefastas prejudicam milhões de pessoas e
ocasionam atraso e descrédito do país.
Evoluir, edificar, empreender e propor movimentos honestos
causam revolta aos de caráter deplorável, que preferem viver à
margem da justiça, sacrificando -- de modo gradual – a tão sofrida e
explorada sociedade.
Essa turma que opta pela desonestidade quer o fácil. Como diz a
literatura popular, deseja apenas “carne sem osso”.
Entretanto, amigo, quando ela se olha em espelho, vê o quê? Um
ladrão. O trabalhador (ou trabalhadora) se fizer o mesmo verá um
homem (ou mulher) digno (a), irrepreensível, honesto (a), patriota!
Enfim, a união de larápios pode ser muito maior do que a dos
honestos. Estes serão recebidos em qualquer academia; aqueles,
enquanto na terra estiverem, unicamente a dureza das leis, e, na
eternidade, um ambiente muito quente.
Até breve!
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Com o abraço do
Moacyr
# OsBonsTemQuerSeUnir
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