Manguaba Mãe
Março vai, março vem...
A velha Manguaba briga com o tempo.
Baronesas douram tua extensa margem
Ai mãe!
Ai mãe teus filhos desfilam em teu leito!
Rá ao dormir, chega a carapeba.
Ao descer a serpente asfaltada,
Vejo-te, boa lagoa!
E viajo na tua distância.
Acordo criança.
Manguaba, Manguaba!
Gigante, gigante!
Minha covardia, meu sono...
Madalena teve defesas, e tu silencias.
Meu mundo água.
Tu és poluída e cuspida.
Maltratada!
Ó, Manguaba!
Nas madrugadas frias...
Cantas, cantas, cantas...
És a mestra do conjunto natural,
Ó, Nobre e inesquecivel Manguaba!
És o Nilo do Pilar!
Quando te olho, quero amar.
A distância, o cansaço o apodrecimento humano...
Me fazem triste como bezerro desmamado.
Escuto políticos frios, que destroem reinado teu.
Povo enganado na terra de ateu.
Chorar...
Choras como criança.
Penetra em corpo teu, a tiborna.
Quebrando com o proletariado...
O amor e a aliança.
Te presenteiam com fossas
Sol a Sol, és nossa!
Sem relógio e conciência...
O homem mau, pertuba teu sono.
Mas sempre perdoas o povo da ignorância.
Êta margem!
Êta margem!
Parabéns ao dédalo!
Fevereiro a fevereiro...
Santo vai, santo vem.
Esses padres nada fazem!!!
Te deixam em prantos.
Ó, eterna Manguaba!
Marcos Alexandre Martins Palmeira
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