REFLEXÃO às vésperas de uma Viagem
Não sei se é possível abraçar a Terra com o pensamento. Com os olhos, às vezes.
Um pouco dela.
Um esforço para esquecer os desastres humanos feitos contra Ela todos os días,
como se fosse possível acariciar seu chão com alguma parte do ser,
este ser enfiado na gente ao nascer e que faz parte das entranhas do Planeta.
Este ser nosso de cada instante pertence à Mãe Terra, e nela ficará para sempre.
Então nos deglute com o Tempo que temos acreditando ser nosso, e aos poucos
vamos carregando nosso micro-universo em monólogo -como se a Terra não soubesse
o que pensamos, o que sentimos, e como fazemos de conta que não vemos
os maus tratos que lhe damos.Como adolescecntes torpes que não enxergam a luta
da mãe para proteger suas integridades...
Então proponho-me a olhar melhor os buracos respeitados (quase sempre por esquecimento)
pela civilização, onde exista mar, verde, ar limpo y ainda seja possível acariciar o Planeta da forma
que der: com as mãos e os pés, com o pensamento, com o olhar. Como compreende-se finalmente, depois de velho,
o esforço que fez a nossa mãe para que existíssemos e; com sorte, conhecéssemos um pouco do que é ser feliz...
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