Um dia me disseram para te esquecer, eu tentei, juro que tentei. A menor lembrança trás você de volta.
Como um baú velho, encantado, trancado a cadeado, mas tão fácil de arrombar, é o meu amor por ti guardado, a sete chaves, com os diários do passado, passos, lembranças, contestações, distância, tudo está em você.
Não respiro mais teu cheiro, mas recordo muito bem tal como é. Nem me lembro do teu rosto, tá tudo tão empoeirado. Fiquei anos sem limpar, estava ali guardado, no canto cativo do coração que você ganhou.
Agora voltou tudo a tona, o baú está aberto, vez ou outro me pego abrindo e fechando os livros de nossas estória no passado, soa clichê, mas não é demodê. O seu amor nunca está fora de moda.
Um dia a gente se vê.