--- Não careço de explicar a quem quer que seja porque tomo o Teu nome. Estou-me nas tintas para o hediondo preconceito que inunda a Usina de santidade viciada e humanidade fingida. O cinismo e a hipocrisia - aqui, ali e acolá - são o casal perfeito que se emparceiram em todas as situações. Quem ousar faltar-lhe ao respeito atinge de lés a lés o poder tácito estabelecido. As excepções, no caso que verte, que alinhem um sorriso flácido e deixem pelo menos ler nos olhos um assomo de esperança a caminho da luz.
--- Parece-me - tenho quase a certeza - Milene, que se Te chamasse inteligente, não me perdoarias intímamente tão enrolada indelicadeza. Consabes tanto como eu sobre a mente do sacana que fazia festas ao burro para carregá-lo ainda mais: - Este bichinho - dizia o imundo anafado - vai sózinho até ao moínho e vem! É muito inteligente... Consabes o maldito e maligno joguinho dos imbecis que andam a fingir que são escritores, tentando colocar os patos de bico em riste. Consabes o banho anódino de pragas que carregam à flor do cebo que demonstram. Este "consabes", que vai em Teu Nome, é um grito que se coloca garbosamente a par do Teu lamento e dirige-se a muitos. Mesmo escrito, ouçam-no!
--- E não estou a avisar-Te do que quer que seja, Milene. Óbvio que se o quisesse fazer, enviar-Te-ia um mail. Sabes porque uso maiúsculas aonde normalmente os outros patinam em minúsculas.