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Cartas-->O Colecionador de Sorrisos -- 13/04/2002 - 23:02 (Alexandre da Silva Galvão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(Dedicado à minha sempre surpreendente amiguinha Fabiana)

O Colecionador de Sorrisos

Eu nunca havia passado por momentos tão difíceis na minha vida. Porém, como nos clássicos, da literatura, da música ou da dramaturgia, as dificuldades revelam de forma sutil e penetrante uma beleza que é inimaginável na superficialidade do fácil.
Pois vejam só, eu que sempre fui introspectivo, calado e tímido até doer, a personalidade e a asma foram curtidas durante anos num porão mofado em Ouro Preto, ultimamente pareço um maníaco depressivo, que um dia fala como um tagarela (ou escreve como tal) ou se cala engasgado e triste . Deve ser o trauma do sol na alma mofada.
Nas duas últimas semanas esses transportes foram agravados pelo silêncio e a escuridão solitária do meu quarto (gentilezas do nosso governo).
Mas foi justamente nesses momentos que eu conheci e aprendi a lidar com velhos, porém até então desconhecidos demônios que se escondem em mim. Fiquei íntimo deles, aprendi a colocá-los pra dormir.
E por que eu estou dizendo essas coisas?
O que interessa isso a quem está lendo?
Bom, é que, em muitos desses momentos de angústia, de insegurança, e de medo, veio em meu auxilio a energia transmitida pelos risos e sorrisos, saqueados durante a tempestade. Sorrisos que eu colhi e guardei no meu embornal durante minhas “vadiagens” pela Favelinha. Eu tenho verdadeiro amor pela Favelinha, e até já escrevi sobre isso, mas foi tão grande a minha vadiagem ali que me crivaram um rótulo (o cara que vem, não estuda nunca, conversa com todo mundo, incomoda todo mundo e depois vai embora). Ta certo, eu fui meio chato mesmo, mas consegui cumprir o meu objetivo de colher e guardar risos e sorrisos.
É a esse gesto, que na sua origem é um gesto de amor, pois aprendemos a sorrir ainda bebês imitando os nossos pais, é a esse gesto de sorrir que eu dedico a minha mais importante Impressão do Rio.

Risos e Sorrisos

Ao sorriso sarcástico desse irmão e confidente que é o Denílson, um poeta de sangue, apaixonado, irônico e vivo, filho de poeta, irmão de poeta, sobrinho de poeta...;
Aos sorrisos, risos e lágrimas provocados pelo espírito desse coração paraibano que é o meu amigo Ivy (um cara genial chamado Charles Chaplin também sabia fazer rir e chorar);
Aos sorrisos espontaneamente inteligentes (isso não é pra qualquer um) desse amigão que é o Anderson;
Aos sorrisos e as palhaçadas dessa criança adulta que é o Sandoval;
Ao sorriso e à risada infantil e convulsiva do Walter (baiano) que, num momento de distração, parece ter sido cuspido do seu enorme coração;
Ao sorriso solar e engasgado da Olga, uma poesia de luz e águas;
Ao sorriso rasgado e generoso da Janine, no qual eu poderia dormir, repousar nesse sorriso, não me sustentasse no ar a afiadíssima lâmina, luz e o corte (ironia e inteligência) do seu olhar;
Ao sorriso tímido da Patrícia, que é sempre uma homenagem justa a uma alma cansada e desamparada;
Ao sorriso da Melissa, não qualquer um, aquele em que ela sorri com a boca, com os olhos, com o corpo, com o mundo;
Ao sorriso bonito e infantil do Pasquetti, que parece ser grudado no rosto dele;
Aos sorrisos e risos roucos e sensuais da Renata;
Ao sorriso pensado, repensado, lapidado e por fim generosamente oferecido do André (Gaúcho);
Ao sorriso tímido e sincero desse novo amigo que é o Edgley;
Ao sorriso ruminado, meio pra dentro e meio tossido do Joabson;
Ao sorriso escroto, mas amigo, do Mauricio;
Ao sorriso do Rodrigo, aquele gigante ali do lado da Janine que também não raciona sorrisos generosos;
Ao sorriso da mamãe Jaqueline que de vez em quando dá o ar de sua graça;
Aos sorrisos dos novos amigos peruanos, que não vão ler esse E-Mail porque vão desistir no meio do caminho, mas fica o registro;
Ao sorriso sempre surpreendentemente sacana do amigo Eduardo Achá;
À risada soluçada e “trombônica” do Boby;
À risada do Allyson que sempre detona outras risadas;
Ao sorriso da Fabiana, que heroicamente rompe os obstáculos e atinge, em cheio, o coração da gente. Despudorado. Lindo. Arrebatador.
Aos sorrisos daqueles que esqueci de colocar aqui, mas que trabalharam e continuam trabalhando no meu inconsciente;
A todos estes sorrisos que já fazem parte de mim, ofereço o meu melhor sorriso e o desejo egoísta de que continuem sorrindo.
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