Viajei para bem dentro de mim e encontrei tantas coisas esquecidas e abandonadas, terras nunca antes visitadas e terras não cultivadas, espaços vazios e tanta gente que hoje já não faz mais parte da minha vida, mas que ainda vive dentro do meu coração.
Tem lugares dentro de mim onde vivem sentimentos tristes, a minha alegria triste, ressentimentos e mágoas que eu nem sabia que ainda existiam, tratei de expulsar todos eles sem pestanejar, mas as marcas que eles deixaram não tive como apagar, são cicatrizes feitas para me lembrar que nem todo mundo no mundo sabe amar, que eu não sabia amar, que ninguém está livre de se machucar.
Nessa viajem para bem dentro de mim descobri que essa minha angústia, que essa minha carência, essa minha ansiedade não é falta de alguém, é falta de mim mesmo, é tão bom ser amigo de si mesmo, saber se cuidar, escutar aquela voz que vem de dentro da gente, a consciência de que você se basta, que você pode se fazer feliz.
Caminhando nos meus pensamentos que viajam dentro de mim eu vi tanta coisa e lembrei de tanta coisa, o sentimento não mede palavras e não pede palavras, pois as palavras se perdem no vento, meu coração sempre foi como um grão de areia bem fininho, que qualquer ventania menina levava para outro lugar, meu coração já foi de tanta gente e nunca foi meu.
Amor é uma palavra que abraça e esconde sentimentos e desejos a sua volta, desejos são ilusões passageiras, o amor verdadeiro, esse que eu senti por cada uma, as ventanias meninas, sempre vai estar aqui, difícil é manter o coração vazio, vai uma e sempre aparece outra no lugar.