----- Sábado é hoje
----- E prazasse que Vinicius soubesse
----- Que há janelas abertas à espera
----- Que me lançasses na rua
----- Bem à vista das sombras
----- Encapadas nas cortinas
----- Sábado é hoje
----- Como nunca foi outrora
----- Sereno, vindo da aurora
----- Cinzenta neste cinzento dia
----- Que me cobre a chover
----- De gotículas frias, pequeninas
----- Sábado é hoje
----- Tempo de afoguear as fevres
----- E iludir a marcha em frente
----- Pela ponte que termina no abismo,
----- Dia do rito do cinismo
----- Ou de maravilhosa aventura
----- Sábado é hoje
----- Caixa para abrir total a ilusão
----- E deixar em liberdade o coração
----- Escolher ansioso o devaneio
----- Ou chorar de mágoa o interior
----- A sorrir... Que chorar é feio!