----- Afirme-se desde já que a sua perfomance usinal lhe entece um perfil de escritora polémica, ora ácida e demolidora, ora doce e suavizante, conforme o assunto que aborde e passe à tecla. Quem lhe segue o percurso literário, se bem souber interpretá-la, não lhe negará nunca o mérito como move as palavras e sintetiza os textos, esclarecida e objectiva, pacífica ou guerreira, mas quase sempre acutilante, quer em prosa quer em poesia.
----- Há quem se atreve a sugerir-lhe, “Milene, não sejas assim e sê assado”, e logo se vislumbra que as intromissões não têm melhor motivo do que senão molestá-la e, infelizmente frequentes vezes, ferir-lhe a sensibilidade e indispô-la. Que deve fazer pois esta célebre Usineira?
----- Nada. Não deve fazer absolutamente nada àquem ou além do que já muito bem faz. Tudo quanto se predisponha a fazer para mais ou para menos à sua exclusiva decisão pertence. De resto, há quem consaiba que o conselho só se dá a quem o solicita.
----- Dela, deixo-vos aqui a imagem que concebo e explica o contexto: uma mirífica leoa luzídia a quem muitos gostariam de passar a mão, mas... O que sobra não passam de basófias fúteis e será inevitável: surgirá sempre “mais um”!