Prezado amigo,
Se eu começar lhe dizendo que o mundo é uma enorme roda gigante, por favor, não me interprete de modo errado: é que eu estou, através de uma míniparábola, mostrando que o grau de importância da gente vai girando, girando...às vezes, a cadeirinha está aqui em baixo, outras vezes fica a meio caminho e, também, noutras tantas vezes, atinge o ápice e fica lá em cima. Se todos refletissem nesta simples constatação, talvez muitos não se empavonassem tanto e outros não se sentissem tão por baixo.
Costumo comparar a nossa existência, o nosso comportamento em face da vida, como se nós fôssemos semeadores. Na realidade, pensando bem, somos todos semeadores, diariamente lançando sementes ao imenso campo que está diante dos nossos olhos, o campo fértil do cotidiano. Devemos cuidar bem da qualidade e da quantidade das sementes que arremessamos, pois a colheita será na exata proporção da nossa semeadura, nem um só grãozinho a mais. Se semearmos bons frutos, com certeza, deles colheremos. Se, ao contrário, fizermos a lavra de más sementes, será triste e ruinosa a nossa colheita.
Por fim, amigo, para arrematar esta missiva meio desconectada, tenho a lhe dizer que nosso Deus nos deu o livre arbítrio, portanto, quando nos inclinamos por uma estrada que não nos leva a nada, se escolhemos do modo errado, não podemos culpar quem quer. O erro está dentro de nós e, como dizem os ingleses: no pain, no gain.
Se algo lhe afirmei que force a sua reflexão, estou feliz, é o objetivo maior desta cartinha.
Atenciosa e preocupadamente.
Seu amigo