Perguntas de Leila Míccolis:
1 – Onde você nasceu?
Na casa de Saúde São José, no Bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, Botafogo, estado do Rio de Janeiro.
2 – Reside em outro lugar? Qual e por quê?
Não, amo minha cidade, meus pais estarão indo morar em Bauru, interior de São Paulo, onde está meu único irmão, sua esposa e minha sobrinha. Morarei, eu acho, só em um apartamento na Barra da Tijuca, onde terei que me empenhar para acabar meu curso de licenciatura em química na UERJ, e trabalharei como técnica em química, na Petrobrás, para onde fui selecionada através de um concurso público nacional e a empresa está para me convocar.
Vai ser árdua minha luta e a lida vai ser exaustiva, mas ainda terei que atender meus alunos particulares e terei meus afazeres domésticos, e religiosos, para serem colocados como barreira para minhas letras, porém, delas não me separo mais, como a musica, dança e as artes que amo tanto, como: teatro, cinema, pintura, enfim, acho que sou uma artista mesmo.
3 – Solteira/o? Casada/o? Filhos? Fale um pouco sobre o amor na sua vida.
Solteira, só tenho uma afilhada que amo, uma sobrinha que é um azougue que quando me vê não se desgruda da tia, e um rapaz que está no exterior que de tanto que o apoiei ele me "amadrinhou" de mame. Ele me mostra boletins escolares, trata de assuntos que um filho adolescente trata com sua mãe, que no caso dele, é muito ausente. Sinto-me sua mãe, então, posso dizer que tenho um filho de 16 anos estudando em Sacramento na Califórnia, nos EUA, com uma bolsa que inclusive a empresa que o financiava, faliu e o deixou sem paradeiro, estando em completo desespero, na sorte de que os consulados o liberem mais um tempo para não lhe prejudicar academicamente.
Amor... É tudo, não o conjugal, marital, de namoro, não, amor e uma energia tão forte entre qualquer tipo de pessoa que não classifico os tipos de amor, simplesmente amor.
Mas se nós formos tratar do amor homem-mulher, a única pessoa de quem amei, não me correspondeu, e prefiro não viver essa doença (porque amor não deteriora e nem destroi, só constrói).
4 – Que livro(s) você editou pela Blocos (nome da obra e ano) ?
Não publiquei ainda, mas assim que puder, espero ter a oportunidade e honra de ser prestigiada com tal diploma de qualidade e de carinho.
5 – Quais suas outras ocupações e preocupações, além da Literatura?
Sou estudante de último ano de licenciatura em química da UERJ.
Fiz curso técnico em química, na ETFQ-RJ (Escola Técnica Federal de Química).
Dou aulas particulares a domicílio, o que me tem dado muito prazer.
E concluí a seleção do processo seletivo nacional para a Petrobrás para trabalhar como técnica em química no CENPES (Centro de Pesquisas da Petrobrás), e estou rezando para ser logo chamada e começar a trabalhar.
6 – Do que você se arrepende mais na vida? E do que você mais se vangloria?
Eu quando era adolescente, e até meio inconseqüente vivia com essa frase na minha boca:
"Não me arrependo de nada do que fiz, só o que não fiz ou ainda não pude fazer...".
Ingênua e tolinha, que eu era. Pois bem, há coisas que com o tempo nós pensamos serem bobas, e não são tão tolas assim, pois bem, por exemplo, quando somos crianças nossos pais guiam-nos os passos, não é? Pois bem, não sei se foi o mais conveniente, para mim, hoje, ter sido a menina politicamente e socialmente boa filha, certinha, que não contestava e obedecia, só falava a verdade, estudava muito, enfim, deixei de arriscar em muita coisa, e acabei por virar um bibelô, uma bonequinha de louça sensível às intempéries da minha vida e do mundo.
Então algumas coisas ficaram para trás por dificuldades dos meus pais e eu que vim a pagar a frustração como: a música, a dança, o ballet clássico, as artes, o teatro, tudo que tinha algo de aventura, eu não corria atrás, não investia.
Só a química foi fundo e levei a sério, mas estou sofrendo muito em tudo que luto e parece nunca acabar isso tudo, essa luta e vir a concretizar meus ansejos.
Mas o pior, a maior frustração foi amorosa mesmo. Fui tola, ingênua e errei não me perdoando faltas e medos que uma mulher não poderia ter, e como tudo na vida tem um preço, e muito caro foi o meu: a perda...
Fui ao chão, mas levantarei, me erguerei e serei eu um dia.
7 – Como você definiria sua obra?
Uma declaração de amor a vida, otimista e romântica.
Sou muito assim em tudo, intensa, envolvente e ansiosa por ter algo meu mostrado ao mundo, pois é com isso que verei minhas frustrações dissolvidas e desejos alcançados.
Realmente ela é toda um grande sonho.
8 – Algum esporte? Alguma mania?
Jogava volei, mas como tudo que fiz, não tive apoio, então não jogo mais.
Mania de cantar no chuveiro.
9 – Cite seus autores, músicas e filmes inesquecíveis.
Fernando Pessoa, Cecília Meirelles, Camões, entre outros que gosto tanto.
Canteiros sem dúvida nenhuma.
Imensidão Azul, Como Água Para Chocolate, Chocolate, Advogado do Diabo, Perfume de Mulher, E o Vento Levou, Noviça Rebelde, Pequena Sereia, Rei Leão, Sissi a Imperatriz, West Side Hystory, nossa são tantos, adoro clássicos, legendados, se possível em preto e branco.
10 – Alguma experiência engraçada, curiosa ou dramática ocorrida devido à algum texto (poesia ou prosa) que você escreveu?
11 – Vida e obra precisam caminhar juntas ou podem tomar rumos diferentes e até contraditórios?
12 – Entre aquela viagem ou aquele carro que você tanto sonhou e a publicação de seu livro com tiragem de 10.000 exemplares, qual dos dois você escolheria?
13 – Que personagem de ficção você gostaria de ser na vida real?
14 – Você já cometeu alguma gafe ou indiscrição literária?
15 – Qual seria (ou será) a maravilha do século 21?
16 – Você comemora o Dia Nacional da Poesia ou do Livro? De que forma?
17 – Que autora ou autor você escolheria para ficar a sós numa ilha deserta e por quê?
Perguntas de Fernando Tanajura Menezes:
1 – O que você gostaria de perguntar a um escritor? (consagrado ou não)
2 – Como escritor/poeta o que gostaria que lhe fosse perguntado em uma entrevista?
3 – O que mais detestaria que lhe perguntasse se a entrevista fosse ao vivo?
Perguntas de Ricardo Alfaya:
1 – Por que você escreve?
2 – O que você considera mais importante para que uma poesia seja classificada como de boa qualidade?
3 – Que autores influenciaram sua forma de escrever?
4 – Sente o escrever como missão, lazer, prazer ou como conditio para a sobrevivência? Você acha que poderia parar de escrever?
5 – No seu entender, o compromisso social é uma condição essencial para um bom escritor?
6 – Que influência a Internet exerceu em sua escrita?
7 – Você acha que sua escrita poderá vir a afetar de alguma forma a realidade?
8 – Que qualidade considera fundamental num escritor?
9 – A crítica literária ajuda ou atrapalha?
10 – É notório que existe uma quantidade enorme de escritores, sobretudo no campo da poesia, em detrimento do número de leitores. A grande quantidade é para você um incentivo ou um desalento?
11 – O que acha que poderia ser feito, se é que poderia, para que mais pessoas se interessassem pela literatura?
12 – Que ambiente você prefere para escrever?
13 – Manhã, tarde, noite - Existe um horário que lhe seja mais propício ao escrever ou isso lhe é indiferente?
14 – Você utiliza algum artifício que o induza a um estado de espírito favorável à escrita?
15 – O que é melhor: escrever ou ver publicado?
16 – Escrever em computador, à mão ou em máquina de escrever. Faz diferença para você?
17 – Qual a pergunta que você gostaria que eu lhe tivesse feito e que não fiz?