Nascido numa casa nobre
E obrigado a viver num planeta deserto.
Como eu queria voltar a ver as águas do meu mundo,
Sentir o vento fresco na minha face,
Sentir a brisa matinal.
Fui traído por um amigo,
Por alguém em quem confiava,
E a minha casa caiu, a nobre casa Atreides.
Abandonado no deserto para morrer,
Lá encontrei o meu destino e tentei impedi-lo,
Tentei impedir a guerra santa para limpar o universo,
Tentei impedir a Jihad.
Mas, por mais que eu tentasse, mais ela se precipitava.
Bebi da Água da Vida, da água que nenhum homem pode beber,
E sobrevivi, renasci, purifiquei-me.
Recuperei a glória da minha casa,
Tornei-me o imperador do universo,
Mas o preço que eu paguei foi muito caro,
A vida do meu filho, os meus amigos deixaram de me ver como uma pessoa,
E perdi a minha essência.
Foi o preço por ver o futuro e não o conseguir impedir.
Foi o preço de me ter tornado o Muad Dib.
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Sérgio Palma
26/07/02 16:48
----- O preço de viver, quanto a mim, ninguém o soube, sabe ou saberá nunca. Quiçá haja um preço por saber ou não saber avaliar a vida, principalmente a dos outros. A humanidade vai a caminho...
------------------ Torre da Guia -----------------