Ontem me perdi entre nossos livros,
nossas memórias,
um jardim de Alah,
toquei teu rosto como a pétala de uma flor,
nossos desentendimentos como a cada espinho,
os respeitei, compreendi seus limites,
chorei na lembrança do castanho do teu olhar,
pensei em como seria se antes do não,
houvesse tido um sim,
se minha mão junto a sua estivesse,
imaginei como seria os caminhos,
campos, mares, peixes, flores,
dores e alegrias,
uma união que sempre pensei ocorrer,
acordava mais cedo pelo simples prazer de lhe ver dormir,
dormir ao teu lado,
sair para ver o sol nascer, correr por um campo,
ou em direção ao mar, se jogar de roupa e tudo,
apenas por sentir a água bater no corpo, é único.
Ver o namoro do Sol e da Lua, ver a lua de mel, entre o céu e o mar.
Pensei que tudo pudesse ocorrer com você.
Quando fechei os livros, estava chorando,
Ainda não me encontrei, até minha voz esta desconcertada,
Mas rumo certo vou achar.
É sempre ruim quando a gente sai de uma sessão de cinema,
Onde passa um conto de fadas, e apesar de tudo e todos,
O final é sempre junto, no lado de fora, o conto de fadas, nem sempre é assim.