Como constatas, Querida Amiga, estás perma-
nentemente a inspirar-me, a influenciar-me,
a ter acção preponderante sobre o meu espí-
rito e a implires-me com natural simplici -
dade na tua peúgada virtual: nunca me tinha
ocorrido, por exemplo, tentar a arrumação
de versos em sétimas, como a que ensaio em
Cordel - MIL "ENES" = 35. Negócio - conti -
nuando o que por gosto de facto não cansa:
alcançar mil títulos com início em "N".
Conquanto os nossos contornantes consteta -
dores se persuadam e intentem persuadir a
audiência usineira que estão perante factos
reais - chegam mesmo ao revelativo misera -
bilismo de se referirem a situações e con -
dições de exclusivo foro íntimo - prossigo,
como Tu prossegues, sem desânimo ou esmore-
cimento.
Revolto-me, zango-me, exorbito a linguagem
escrita, rio, divirto-me, enfim, perpasso
também muitas vezes pelo desalento e entris-
teço com a celeuma perversamente maldosa que
sucessivamente se nos depara. Raro é o deba-
te escrito que aqui se estabelece que sai
incólume das teias da má intenção viperina e
do insulto indecorosamente vexante.
Arrostemos pois, pelo menos, por princípio e
missão pedagógica que sem encargo incumbe a
todos que deveras amam a língua portuguesa,
e satisfaçamos os que nos apoiam e acham in-
teressante a nossa intervenção. É por esses
e para a esses que a Usina vale a pena.
Porque será que certos espécimes, que apenas
se revelam na iniciativa voluntária da provo-
cação, não gostam de receber de
volta a pedra inchada?
Deveremos nós ceder a quem sem mais nem moti-
vo se atreve a insultar-nos? Nunca! Força pois,
Amiga, já que a aqui a lástima da pena não tom-
ba em dorsos sensíveis e sensatos.