Lembro do carnaval, dos nossos planos de fevereiro e março...
Lembro de você atrás do trio... e um ciúmes quase febril...
E eu pelo avesso...
Lembro das verdades e mentiras para não nos fazer chorar...
E choramos... mas sorrimos centenas de vezes depois...
Lembro do sonho de ficarmos juntos...
E eu pelo avesso...
Lembro da sua voz me chamando para perto...
E eu clamando em silêncio pela sua também...
Dava desculpas, como quem não podia... mas só queria...
Eu estava pelo avesso...
Queria poder estar com você, beijar... tocar você... assim como
Planejamos, sonhamos, acordados... mas pelo avesso...
Anos passaram... e não conseguimos nos desvencilhar pelo contrário...
As desculpas ficaram escassas... e fevereiro e março dura o ano inteiro.
O avesso do avesso, hoje nos faz sermos essa coisa meio inconseqüente...
Está presente mesmo ausente...
No improvável... o toque de um celular...
No atraso... a hora certa de chegar...
Na cama é quem dorme ao teu lado... e vela teu sono...
É que num pulo... tenta te segurar com uma mão... é consegue sabe lá como...
É quem nas inquietudes e angustias da vida se aproxima... e dá um sinal...
Tô por aqui... pode confiar... tenho minhas loucuras, bem sei...
Mas o avesso te ama... o avesso do avesso também.