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Cartas-->* Medo de Errar * -- 10/04/2001 - 12:10 (KaKá Ueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
* Medo de Errar *



Quem não erra não ama, Quem não perdoa não ama:
Choro meu medo minha insegurança
Minha falta de perspicácia,
de não saber ludibriar,
Meu ser e meu antecessor, a minha vida e meu amor
Choro tudo, a falta de não saber comandar,
Sem enganar, Sem perdoar, Sem agradecer
Sem ser amável,
Sem sentir o doce sabor do agradecimento
Da paz interior,
do ser que tende a sentir-se sozinho
Eu ri de mim mesma,
de como sou incapaz de ser desonesta
Prendam-me, sim eu sou culpada!
Culpada de ser honesta!
Culpada de não saber a diversidade
E as diferenças entre o amor e a paixão,
Prendam-me, pois sou culpada sim,
em querer amar demais
De respeitar um ser como se fosse a pessoas mais importante da minha vida
Prendam-me acorrente-me, interne-me,
sou culpada e sou louca
Na minha mais alta fidelidade fui penalizada
Por amar demais por querer um amor que não pertence a ninguém
O vento sopra um som de sofrimento, chora na fresta de minha janela
O som dele é dolorido sofrido desacalentador, é infinito o som deste silêncio;
Não erro porque quero, erro por amor, por amar, entro em desespero:
Na ânsia de não errar acabo e acabei errando...
Choro tua ausência, meu sofrimento e minha dor.
Passo por caminhos que ainda não sei caminhar,
minha estrada é de pedra e de espinhos,
cheios de crateras.
Os arvoredos entrelaçam e me cobrem,
impedem que eu ande na franqueza da sabedoria dos demais, sou um ser que caminha sozinha,
que insola-se ao não ser compreendida
que mal conhece a si própria, quando ama,
os tropeços que dou não são perdoados
assim este mundo não existe para mim,
apenas para quem julga...
volta o sopro do vento que me atordoa,
que abala meu coração é um som de sofrimento,
que me traz um desalento
muita dor e sofrimento;
o cai da tarde, o por do sol, vai deixando-me pouca luz, fim do dia é triste;
chega a noite surge a lua
( nunca mais eu fiz amor )
busco forma de carinho de aquecer a minha dor:
( amor e paixão tem um nome * ALAM * ).
Eu o amo, quem dera que pudesse compreender!
Acalenta-te em minha sala vento vindo não sei de onde, se é aqui que quer chorar te darei
Abrigo no seio do meu lar,
há lugar para que sinta-se seguro,
quem sabe assim você e eu ficaremos juntos
Para que não morremos de solidão, somos solitários e seremos solidários tu e eu...



Autora: KaKá Ueno
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