Não acredito em signos nem em influências astrais. O que porventura escreva à volta de horóscopos, quejandas predições ou vaticínios, tende tão só a seguir na procissão da fraude anódina, tantas vezes maléfica e perigosa, que sobrecarrega os incautos e os frouxos do raciocínio. Quando verto sobre o assunto, estarei então a ironizar ou, se bem me lerem e interpretarem, pura e simplesmente a gozar a sério.
Vice-versa, poderão os que acreditam considerarem sobre mim, e tanto mais aqueles que levam uma dilecta vidinha a banharem-se no dinheiro suado dos crédulos aflitos do espírito. Preferiria, em acto efectivo, a estupidez de bater com a cabeça contra a parede até que moesse as malignidades cerebrais ou vislumbrasse algo nítido no meu futuro.
Não adianta pois colocarem-me e-mails, ora sérios para que desenvolva o tema, ora insultuosos a censurarem-me a peça de teatro em cordel que actualmente vou escrevendo. Com base em pesquisa e consulta sobre o tema do Zodíaco, limito-me apenas a inclinar as diversas versões ao meu pendor e critério. O desfecho acabará por determinar o que deveras penso e sinto sobre o engendrado busílis da adivinhação e da reliogiosidade subjacente que o enforma. Sobre esta matéria, quanto a mim, estarei a ser explícito?
A Milene é Sagitário
E eu Gémeos... Mas porém
È por mero e acaso vário
Que os signos se casam bem.
Complementares um do outro
Na escala Zodiacal,
Praza que demore pouco
Que o pendor seja real!