Crê, Joanete, esta noite dormi contigo. És um "não presta para nada". Mal sentiste o meu calor... Adormeceste...
Fiquei sózinho a meditar no teu excepcional caso. Pensei nos teus quereres, nos teus teus sonhos e imaginei até o que deveras será a tua realidade. Tentei traduzir no silêncio a música da tua respiração. Ressonas suavemente, tal e qual o meu ex-gato preto e branco, Zap-Zap, a meus pés, transmitindo-me a mensagem da existência sem pensamento, suavemente, calorento, a embriagar-me as ideias sem amanhãs, sem promessas, sem nada ali com tudo.
O meu gato morreu atropelado, ao atravessar a EN13, um nadinha adiante do ex-mortífero cruzamento de Mindelo. O meu Paz-Paz namorava uma das gatas do Dr. Amadeu. Morreu... Pronto... Fiquei eu a sofrer a sua ausência, fiquei eu sem a luz daqueles olhos que me davam paz.