Cara Fabiana Pimentel.
Estive lendo os seus textos: são muito reflexivos, você indaga dos mistérios do ser, da existência, do porquê estarmos aqui, encarando a realidade, em sua ambigüidade, frente a frente.
A nostalgia da vida urbana, que você retrata tão bem no conto "Sábado", por exemplo, a falta de sentido no jogo das aparências e de se sentir um ser sozinho em um universo cujas leis são ilógicas, absurdas, desumanas.
O condicionamento que nos escraviza, a nós, seres limitados e perplexos ante tanta grandeza e tanta miséria.
Os caminhos e as fugas do amor, que nos trazem prazer, perdição, dor.
Uma excelente base antropológica e filosófica, como, por exemplo, no seu artigo em que você questiona os padrões de beleza, que variam conforme a cultura. Por falar nisso, há sites na Internet que defendem e incentivam a anorexia, as magérrimas subnutridas.
Só não concordei com você quanto à linha Copérnico, Darwin, Freud, grandes gênios, sem a menor dúvida, que abriram novos caminhos para o conhecimento humano. Mas, entre Freud e Jung, fico com o segundo, grande pesquisador e pensador, que provou que o ser humano é muito mais do que o Ego, pois ele possui em si também o Self ou Si Mesmo, que, em resumo, é um nível de consciência que o ser humano alcança através de um progressivo processo de conscientização.