Minha retina ainda guarda
Tua imagem despida
No reflexo do espelho
Do veludo dos meus olhos.
Tanto silêncio em meu grito!
Estranho minhas despedidas
Meus gestos desmedidos
Ecoa nas minhas franquezas
Onde minhas mãos tocam.
Minhas esperas se demoram em sonhos,
Recordações filtram os olhares vazios
Nos escuros das pálpebras obscenas
Ainda me emociono com meus anseios.
Um amor subitamente imperioso
Tuas idas de mim são imperativas
Não reconheço os ecos das ausências
Emoções pairam no ar descontroladas
Solidificando gritos de ternuras e medo
Navalhas de angústias cortam a noite
Retalhando o meu canto de esperança.