Li o seu artigo "Dia dos mortos no México": uma excelente pesquisa sobre as tradições, costumes, práticas e crenças do povo mexicano.
Apreciei muito a cordialidade, a franqueza, o senso de humor e a alegria dos mexicanos, quando visitei o México, junto com a minha esposa.
Escrevi, inclusive, uma crônica da viagem, que enviei para o site do Blocos, www.blocosonline.com.br.
Foi um passeio, de fato, inesquecível, pelas belezas arqueológicas, que muito me impressionaram (as pirâmides, como a pirâmide do Sol, que escalei e lá de cima vi toda a impressionante avenida dos Mortos, com a pirâmide da Lua no outro extremo; o Palácio do Governador (desculpe-me se erro alguns nomes, mas já se passaram alguns anos); e tantos outros monumentos arqueológicos belíssimos; o lago dos Sacrifícios, com sua água escura; a característica da cada nova cultura construir seus monumentos sobre o da cultura anterior; o observatório astronômico dos Maias; os campos dos jogos, rodeados de esculturas que contavam suas histórias, como o sacrifício dos vencedores, que se consideravam honrados em se imolarem aos deuses; as esculturas belíssimas, como a da deusa que recebia os sacrifícios em seu colo; o Templo das Mil Colunas; e tantas outras imagens inesquecíveis.
Também me impressionaram as brincadeiras descontraídas que os garçons, moças e rapazes alegres e joviais, faziam com os turistas, assustando-os, dançando com eles, cantando.
A Isla de las Mujeres, que alcançamos após uma tour em um navio, na qual muito nos divertimos com o "animador" que fazia "torneios" de beijos, cantos e outras improvisações entre os turistas. E, lá chegando, observei as turistas muito a vontade, com os seios a mostra, junto,é claro, dos seus sisudos maridos e namorados.
As águas límpidas e claríssimas, em que mergulhei, me extasiando com a beleza das imagens das suas profundezas.
E o acentuado senso político dos mexicanos: como exemplo, íamos almoçar em um restaurante com aquelas cores brilhantes e fortes que nos alegram logo "de cara", e aguardando a minha mulher e uma turista chilena que conosco estava irem se preparar, conversei com uma moça bonita que ali trabalhava, que me falou da exploração dos colonizadores espanhóis, em poucas palavras.
Essa consciência política e social é flagrante, por exemplo, nos maravilhosos murais de Diego Rivera, que contam a história mexicana, em suas diversas etapas, com uma eloqüência extraordinária.
As catedrais, magníficas, com uma arquitetura muito elaborada, a Catedral da Virgem de Guadalupe, Padroeira do México, imensa e repleta de fiéis em pleno dia da semana.
Enfim, é tanta coisa, que só mesmo lendo a minha crônica de viagem, lá no Blocos, que, ainda assim, não está completa.
Parabéns, enfim, pelo brilhante texto, que espelha a visão invulgar do mexicano quanto à morte, a naturalidade e maturidade com que a encara, fruto das antigas e poderosas culturas astecas, maias, toltecas, e outras, que deixaram suas raízes ancestrais entre o simpático e alegre povo mexicano.