Um dia todo mundo morre, morrem as flores que a gente planta em nosso jardim e também aquelas que gente oferece para alguém que a gente ama, morrem nossos sonhos, talvez sufocados pela nossa dura realidade ou mesmo por nós mesmos por não acreditarmos que poderemos realizá-los um dia, morre um pouco de nós mesmos quando nos deixamos abater por tudo aquilo que nós machuca e não sabemos como superar, morrem os amores eternos, nossos maiores ídolos também morrem,Drummond que saudades eu sinto de você e eu que nunca te conheci, só dos livros, só dos sonhos e dos amores que você me fez sentir na pele, você foi meu avô postiço... E até a gente mesmo vai morrer um dia, mas o que fica de vida para nós?
Ficam as lágrimas que a gente um dia fez alguém chorar porque falhamos como filhos,amigos, namorados, maridos...ficam as lágrimas que a gente chorou quando alguém falhou com a gente, fosse ela nossa irmã, namorada, esposa ou amiga.
Ficam as fotos no álbum empoeirado no fundo da gaveta, mas melhores imagens são mesmo aquelas que a gente leva na memória, gravadas na nossa retina, como quando do alto daquela montanha você pôde avistar o mar e ver aquele barquinho pequenino flutuando na água, o cheiro da mamãe, o abraço do papai, aquele dia que você descobriu o amor e aquele que você sentiu a dor de perder alguém muito querido, fica na gente o que tinha mesmo que ficar.
Um dia todo morre não importa o quão você tenha sido bom ou mal, não há como escapar da morte assim como não há como se escapar da vida.