Boa noite!
Sem mais formalidades (afinal de contas sou seu filho, dizem), como estás?
Espero, realmente espero, que estejas bem, pois és quem conduz meu mundo.
Sem mais enrolações, estou escrevendo para esclarecer algumas coisas que não estão claras para mim, e espero que esclareças, pois do contrário ficaria realmente desapontado. Podem parecer questões tolas, mas todos somos tolos perto de ti, não poderias esperar outra coisa, não é mesmo?
Bom, a primeira das questões é a seguinte:
- Por que criastes o mundo? Por que criastes essa enormidade sem fim (assim vemos isto tudo)? Desculpe-me, mas não vejo razão plausível. Por que um ser perfeito desejaria criar um mundo repleto de coisas imperfeitas?
Vejo que, talvez, este monte de coisas imperfeitas levem a uma perfeição conjunta, mas mesmo assim não vejo para que ela existe.
Outras das questões: é que parece cada vez mais evidente a existência de alienígenas (não se pode falar extra-terrestres, pois podem ser intra-terrestres, não é mesmo? não conhecemos quase nada do que há abaixo de nós] ainda assim os malditos se escondem?. Que fazem eles? São eles seus anjos em missões terráqueas?
Ah! outra questão... Existem anjos? Quantos? me parecem tantos... Para que servem?
Deve realmente estar cansado deste monte de baboseira, espero ainda que entenda minhas baboseiras escritas em "português brasileiro", só o conheço de modo a poder escrever uma carta a ti.
Mais algumas perguntinhas e então encerro.
Que tu tinhas na cabeça quando criou?
Se sempre existiu, por que em determinado momento resolveu criar o mundo?
Como és capaz de abençoar dois exércitos prestes a entrarem em luta? Dois times prestes a disputar uma partida?
Sua onipotência vai até onde?
Por que deixou matarem seu filho, seu verdadeiro filho? (acho que o amor de um pai é maior que a salvação da humanidade, desculpe-me a opinião)
Que prazer tens na vida? ... quando me refiro a vida, me refiro as coisas que tu fazes... talvez seja realmente difícil, para nós, imaginar um ser; ou entidade; ou o que for; sem objetivos, prazeres... imagino que teus sofrimentos provenham do mundo, do mundo dá realmente para tirar sofrimentos sem piscar.
Qual é a graça da eternidade?
Por que nós? Por que pensamos e podemos questionar a sua própria existência se somos seus filhos?
Por que nos enxemos de porquês ao invéz de procurar as respostas no mundo?
Por fim, acabo.
Saibas que és de fundamental importância para mim, mesmo que eu não saibas pra que serves, a não ser te enviar este monte de perguntas idiotas.
Um abraço, de um filho teu perdido no teu mundo.