Antes de eu apresentar meu ídolo à vocês, gostaria de informá-los que essa pessoa é uma daquelas que você não pode morrer sem antes conhecer sua história. Antes de mais nada, gostaria de informar que ele é meu ídolo pela sua coragem, determinação e também porque é meu tio-avô. Mas principalmente pelo fato de desejar alguma coisa e brigar por ela! A história começa em Forquilinha, sul de Santa Catarina, onde, de uma família de descendentes de alemães, nasce Arno Preis. O jovem Arno cresce como qualquer criança teuto-brasileira daquela época, falando apenas o alemão quando educado. Aprende o português apenas alguns anos depois, na escola. Com a idade um pouco mais avançada, entra ele num seminário de Franciscanos onde foi educado com energia, e onde costumava devorar livros, aprendendo outras línguas auto-didaticamente. Se formou em direito pela USP. Com o tempo passou a falar 12 línguas, inclusive traduzindo livros de outros idiomas para o português. Sonhava em trabalhar no Itamarati, mas o período foi conturbado, era a Ditaduara Militar, e Arno precisou largar os estudos para defender o que achava correto. Foi para Cuba e voltou integrando o MOLIPO ( Movimento de Libertação Popular ), grupo armado e esquerdista. Costumava alertar o povo para as atrocidades cometidas pelos militares durante a ditadura. Estava ele em campanha pela cidade de Paraíso do Norte ( GO ), em 1972, quando entrou em combate com tropas militares. Durante a troca de tiros, Arno matou um militar e feriu gravemente outro, sendo morto em seguida. Seu corpo foi enterrado como indigente e só localizado em 1994. Atualmente Arno está sepultado em Forquilinha, onde muitas homenagens foram realizadas para aquele que deixou seus sonhos individuais de lado para pensar no bem comum de seus irmãos.
Arno é aquele típico herói, ou seja, só fez aquilo que era para ser feito!
Mas o que poucos tinham coragem de fazer!
Arno, esteja onde estiver, um dia vou te conhecer...
E saiba que tenho o maior orgulho de ter um pouco desse seu sangue valente!