Esta é uma das certezas que temos nesta vida e que nem sempre queremos aceitar. Quando nascemos, a contagem regressiva é disparada e nosso reloginho começa a caminhar rumo à auto-destruição.
Não sabemos quando o final irá chegar... Só sabemos que IRÁ chegar...
(Neste ponto, gostaria de ressaltar que considero apenas o final normal de nossa existência. Finais abruptos, causados por acidentes ou fatalidades não estão inseridos no raciocínio que segue).
Assim sendo, quão vaga seria nossa breve existência neste mundo, se não realizarmos ações que possam beneficiar aqueles que aqui ficarão quando já tivermos partido? Por que pensarmos somente em nós mesmos, quando muito em breve já não existiremos? Por quê?
Um princípio budista sugere que nossa plena felicidade só se dará no "nirvana", que é um estágio da evolução mental no qual percebemos que nada existe por si só e nos livramos da falsa ilusão da posse. Entretanto, se buscarmos o nirvana apenas para nós mesmos, contunuaríamos apegados à ilusão de um "eu" ou "nós" que limitam nossas mentes aos nossos corpos decadentes.
O sentido pleno de felicidade, ou nirvana, só ocorrerá quando tentarmos levar todos os seres até lá. Como fazer isso?
Voltemos à morte. Mais especificamente à nossa morte... O que faríamos neste momento? O que pensaríamos, o que mudaríamos? Esta é a análise que sempre devemos fazer enquanto vivemos... Nos imaginamos no momento da morte e tentamos avaliar se tudo o que fizemos durante a vida teria valido à pena. Devemos ponderar se fizemos mais amigos do que inimigos, se ajudamos mais do que atrapalhamos, se vivemos mais do que morremos...
Não é fácil. Apenas praticando conseguiremos reverter atitudes que já deixamos acontecer...
A morte marca um ciclo. Ou atingimos o nirvana, ou voltaremos várias vezes a este mundo, para sofrermos e tentarmos aprender tudo novamente...