Faltam palavras / Sobram para criar. O que existe, o que há. O olhar sobre a tez. O ocre que mancha cores. Agridoce suave abrupto sabor saliva a boca. Fel lágrimas / Secreção vulvar. Nuvem esparsa sobre denso mar. Verde íris me faz saudade toda. Relva orvalhada, travesseiro d alma. Lusco-fusco o piscar do tempo moroso avançado. O extremo espaço sideral quilométrico mundano, geográfico gráfico que ilha terras nem tão próximas, nem tão distas tanto... Ósculos escaldantes apimentados. Ardor em entranhas e aura. Latina crueza escaldada romanesca. Essa minha linguagem parda. Quente verve de escavar, cavucar, rasgar e abrir o quase sempre ou por vezes mesmo árido coração maroto, fértil, absorto... A busca do possível impossível possível de ser perpétuo, terno e eterno esse milenar, extemporâneo amor. Amor d almas par? Destino esse que revolve, espinha, envolve, afaga, ata e separa? E ata, afaga, envolve, espinha, revolve qual esse destino? Que esse desígnio desejo destino destile em desvelo certo encontro, cerrado, concreto, corpóreo, etéreo, emancipado, aventurado, unido, aprazível, inteiro, luminar...
Ah! Amor, incondicional amor! Tudo conspira a favor. A barrancos e trancos não estanco nem me estilhaço... Este destino sim, já disse a que veio... Me faz amar.